Nada pior, quando ocorre uma tragédia, a constatação de que
ela poderia ter sido evitada por algo extremamente simples que, por razões
muitas vezes incompreensíveis, ninguém teve a ideia que levaria a evitá-la. A morte de uma pessoa por erro de diagnóstico é triste, ainda
mais no caso de algumas crianças, com diabetes, como ocorreu há pouco.
Diabetes tipo 1 aparece na infância e constitui 10% dos
casos. Com pouca informação e com uma ideia muitas vezes equivocada
de que crianças não sofrem dessa doença, é comum que DM1 seja a última das
opções possíveis em um elenco de doenças mais comuns, consideradas
na hora do diagnóstico. E se o diagnóstico demora, consequências graves podem
ocorrer, assim como o óbito.
Como isso seria evitado? De uma forma muito simples!
Nos atendimentos de emergência, existem protocolos, ou seja,
procedimentos de ação pré-determinados que informam ao médico a condição do
paciente e, assim, ele pode rapidamente tomar decisões que evitem ou tirem
aquela vida de uma situação de risco.
Se o teste de glicemia for incluído entre os protocolos, não
apenas tragédias serão evitadas, como muitas pessoas que nem imaginam estar com
diabetes (o que é comum entre os DM2), poderão ter seu diagnóstico antecipado e,
consequentemente, tratamento adequado, antes que sejam surpreendidas com algumas das
complicações decorrentes da falta de controle.
O grupo Blogueiros de Diabetes está batalhando para isso,
para que o teste de glicemia seja um protocolo nos atendimentos de emergência.
O que é o teste? Um rápido furinho no dedo para obtenção de uma
gota de sangue e, 5 segundos depois, o resultado. É tão simples, que até uma
criança de três anos consegue fazer sozinha!
O grupo preparou um vídeo com adultos e crianças
demonstrando como é simples e rápido o exame de glicemia. São poucos segundos
que podem salvar uma vida. Vale a pena ver e, acreditem, o Julio, de três anos,
está lá, fazendo a sua parte! Faça também a sua e compartilhe, divulgue e,
sobretudo, assine a petição e nos ajude a tornar o teste de glicemia obrigatório.
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