Nós conhecemos a família do Maurício depois do diagnóstico do João Pedro, nos tornamos amigos! Eles também moram aqui em Piracicaba, leiam o relato da mãe dele, para saber um pouco de sua história...
Nós descobrimos essa doença em nosso filho da pior forma possível, quando sua vida esteve em risco. Tudo aconteceu quando ele começou a sentir uma falta de ar, causada pela acidose muito alta, e uma pediatra inexperiente - que não quis ouvir nossas suspeitas de diabetes - o internou com suspeita de bronco pneumonia, colocando-o no soro glicosado por 12 horas. Isso ocasionou um emagrecimento de 4 quilos em 12 horas e um coma diabético!
Mas não pensem que não apontamos a nossa suspeita de diabetes, mas os médicos acharam que era bobagem e não nos deram atenção até que o pior aconteceu. O Maurício ficou em coma por dois dias!
Na hora, o que escutei do médico foi: seu filho está em coma! Mãe, vamos fazer o que puder para salvar o seu filho.
Meu mundo desmoronou, meu filho entrou na UTI e só pude vê-lo 6 horas depois. Desde então lutamos contra essa doença,o pâncreas do Mauricio não produz nada de insulina, então andar de bicicleta e fazer caminhadas é só para o bem estar dele mas não o ajuda a baixar a glicemia; isso foi provado por exames laboratoriais, que dizem que uma criança diabética, na época, com 5 anos, deveria no mínimo produzir 2% de insulina e o meu filho só produz 0,001%.
Um outro exame foi realizado na cidade de Sorocaba, para saber o porquê das hipoglicemias constantes. Lá ele colocou um aparelho chamado router preso no seu abdome, sob a pele, que ficava monitorando suas atividades 24 horas por dia por 5 dias na semana. Ele então faz uso da insulina lantus 1 vez por dia e da insulina novorapid antes de cada refeição e para correção sempre que necessário, o dextro de 6 a 8 vezes por dia mas tudo isso ele tira de letra! Ele mesmo já faz o exame na escola sozinho e aplica a insulina.
Nesses 5 anos e 9 meses ele já teve 2 convulsões devido às hipoglicemias, então posso dizer que o diabetes do meu filho não é controlável e isso deixa os médicos confusos e a mim, como mãe, mais ainda, pois se nesse momento ele tiver com uma hipoglicemia 25, daqui à 2 horas ele pode estar com 400 e vice versa.
É uma luta constante e as vezes bate um desânimo muito grande. Quando isso acontece, eu conto com uma palavra amiga e encontro forças para continuar lutando pois ele mesmo sempre me diz que um dia Deus vai curá-lo.
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