Jogam bola, nadam na piscina, pulam, estudam, dormem, acordam, tomam banho, fazem traquinagem, aplicam insulina, contam carboidratos, medem a glicemia várias vezes ao dia, têm hipo e hiperglicemias que são corrigidas, comem alimentos saudáveis e porcarias também com moderação, é claro, gritam, cantam, dão muitas risadas, vão ao cinema, escovam os dentes, viajam, tocam bateria, conversam de tudo e de nada.
São pessoas normais, a diferença entre eles e outras crianças não existe, são felizes e vivem a vida com suas caras e bocas, alegrando cada momento.
O que nossas crianças esperam de nós pais:
- amor, carinho, compreensão
- que a gente não queira ter diabetes no lugar delas, pois convivem muito bem com a condição, estão adaptadas
- que, ao furar os dedinhos para medir a glicemia, não fiquemos com dó ou pena, pois esses valores são necessários para nortear o tratamento
- que, ao aplicar insulina, a gente não fique pensando que são coitadinhos e sim, que estamos injetando vida para um futuro sem sequelas
- enfim, eles esperam a confiança, o cuidado e o tratamento normal, só isso. Ou seja, que sejamos pais e mães, no sentido amplo e forte.
Ter diabetes para eles, é só um detalhe! Pensem nisso nas próximas medições de glicemia e aplicações de insulina.
Muito bom, quando nos penalizamos de nossos filhos tornamos as coisas mais dificieis pra eles. Se a mãe tem pena é pq estão numa situação inferior e assim passam a se ver. Crescem com pena de si mesmo.
ResponderExcluirMuito bom o texto e o comentário. Como uma diabética há quase 30 anos que foi concordo com as palavras de vocês. A melhor coisa que a minha mãe me ensinou foi não deixar o diabetes ser uma desculpa para nada. Sempre fui tratada como minha irmã. Ter pena do filho diabético é a pior coisa que uma mãe pode fazer para o seu filho. Medir glicemia várias vezes por dia, dar insulina, são atos de amor e não de terror. Isso é ensinar o filho a ter saúde.
ExcluirBeijos