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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Os riscos da hipoglicemia durante e após as atividades físicas

Hipoglicemia é o baixo nível de glicose no sangue. Ela acontece por que o corpo utiliza-se da glicose como subsídio para a produção de energia. A hipoglicemia está diretamente ligada à diabetes.
Existem dois tipos de diabetes: o tipo 1 e o tipo 2. O diabetes tipo 1 é uma doença auto-imune caracterizada pela destruição das células beta produtoras de insulina. Para esses indivíduos que utilizam insulina para o controle da glicemia, a hipoglicemia é um fator de risco porque a ingestão de alimentos e a quantidade de insulina utilizada determinam o controle glicêmico. Quando falham em alguma refeição ou erram na dosagem de insulina utilizada, os diabéticos tipo 1 correm o risco de ter uma hipoglicemia.

O diabetes tipo 2 é determinada por uma grande relação com a obesidade e o sedentarismo. Estima-se que 60% a 90% dos portadores da doença sejam obesos. Uma de suas peculiaridades é a contínua produção de insulina pelo pâncreas. O problema está na incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Por muitas razões, suas células não conseguem metabolizar a glicose suficiente da corrente sanguínea. O diabetes tipo 2 é mais comum que o tipo 1 e pode responder ao tratamento com dieta e exercício físico. Outras vezes vai necessitar de medicamentos orais e a combinação destes com a insulina. Neste avanço da doença, a probabilidade de uma hipoglicemia é aumentada.

Normalmente, as crises de hipoglicemia acontecem quando os horários entre as refeições são muito extensos ou quantidade de alimentos a serem ingeridos não são o suficiente para o organismo. Pular algumas refeições durante o dia é um dos maiores causadores da hipoglicemia. Para as pessoas que não regulam suas alimentações em quantidades e horários adequados e principalmente para diabéticos, os exercícios físicos aumentam os riscos de hipoglicemia.

Não se acha a glicose somente no sangue, mas também no fígado e nos músculos como uma espécie de reserva. Quando você se exercita, seus músculos usam essa reserva como energia. Quando essas reservas começam a secar, seus músculos usam a glicose do sangue, causando a queda dela na corrente sanguínea. O exercício permite com que os músculos e outros tecidos fiquem mais sensíveis à insulina. Após o exercício, o organismo tenta completar as reservas utilizadas e neste aspecto podemos ter a hipoglicemia após os exercícios.
Na verdade, a glicose é a principal fonte de energia para o corpo humano. Para o nosso cérebro e tecido nervoso, o açúcar é a única fonte de energia. Portanto, a quantidade de açúcar no sangue deve ser mantida dentro de determinados níveis para assegurar o suprimento de energia. Diante de uma hipoglicemia, apresentamos dois tipos de sintomas.

Os decorrentes da produção de adrenalina na tentativa de elevar a glicose são:

• Tremores, ansiedade, nervosismo;
• Palpitações, taquicardia;
• Sudorese, calor;
• Palidez, frio, languidez;
• Pupilas dilatada;

E os decorrentes de pouco açúcar (glicose) no cérebro:

• Atividade mental anormal, prejuízo do julgamento;
• Indisposição não específica, ansiedade, alteração no humor, depressão, choro, medo de morrer;
• Negativismo, irritabilidade, agressividade, fúria;
• Cansaço, fraqueza, apatia, letargia, sono, sonho diurno;
• Confusão, amnésia, tontura, delírio;
• Olhar fixo, visão embaçada, visão dupla;
• Atos automáticos;
• Dificuldade de fala, engolir as palavras;
• Ataxia, descoordenação, às vezes confundido com embriaguez;
• Déficit motor, paralisia, hemiparesia;
• Parestesia, dor de cabeça;
• Estupor, coma, respiração difícil * Convulsão focal ou generalizada.

O tratamento da hipoglicemia é feito basicamente com dieta, ou seja, controlando os horários das refeições e as quantidades ideais para cada organismo. Quanto a prática regular de exercícios, a alimentação deve ser elaborada para que possa suprir as necessidades básicas de energia durante e após a seção de atividades físicas.

Caso sinta ou veja alguém com os sintomas da hipoglicemia, imediatamente ofereça algum alimento que forneça glicose, como por exemplo, um copo de suco, uma barrinha de cereal, um copo de refrigerante que não seja diet, um pedaço de chocolate, ou algum alimento que você saiba que contenha açúcar e que seja de uma absorção rápida. A hipoglicemia é muito perigosa.

Fica a dica: controlar os horários e os tipos de refeições é talvez o ponto fundamental para combater a hipoglicemia. Caso você seja diabético, os cuidados aumentam ainda mais por causa do controle a insulina. Procure tanto um nutricionista com um professor de educação física, e que eles sejam qualificados para cuidar da sua saúde. Saúde em primeiro lugar.

Laert Braz Junior é formado em Educação Física no Centro Universitário de Araraquara (Uniara) e pós-graduado na Universidade Gama Filho em Atividade Física Adaptada e Saúde. É professor na academia Saúde Activa.

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