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quarta-feira, 9 de maio de 2012

Ser Mãe - Ana Claudia Cendofanti

Ser Mãe... o que é ser mãe? Ser mãe é ser tudo! É plantar a base do futuro de nossos filhos, uma responsabilidade e tanto, mas se cultivada com amor nascerá  frutos bons!!!

A nossa mamãe de hoje é a Ana Claudia, lá de Curitiba, tenho um carinho todo especial por essa garota!! Nos conhecemos através do Facebook e no final do ano participamos de um amigo virtual, onde foi minha amiga secreta!!! A Ana é uma pessoa maravilhosa, sempre disposta a ajudar e em trabalhar em prol do bem, ficaram curiosos? Leiam o post e conheçam um pouco mais dessa super mulher, mãe das princesas Sarah e Sophia.

SER MÃE

Ser mãe é o melhor dos presentes que já recebi em minha vida, ser mãe duas vezes então é ser duplamente abençoada. Amor de filho é incondicional e sincero, somente após a maternidade você consegue sentir o verdadeiro valor disso.

Fui mãe pela primeira vez com 34 anos, em 25 de novembro de 2006 quando nasceu minha linda Sarinha. No momento que a vi pela primeira vez, percebi o quanto minha vida ia ficar mais valiosa e cheia de boas novidades. As primeiras palavras, os sorrisos, os primeiros passos tudo encanta uma mãe. Em 17 de julho de 2009 nasceu a minha linda Sophia. A família ficou completa com a vinda dela. A Sarinha que pedia uma irmã, ajudava em tudo: a dar banho na irmã, a trocar a fralda e dando leite materno que eu separava em uma mamadeira. Eu e meu marido Paulo sempre tentamos cultivar a amizade entre elas e tornar nossa família um elo de confiança, carinho e amor.

Alguns dias depois da Sophia fazer três meses, a Sarinha foi diagnosticada com DM1. Confesso que meu coração de mãe viu o chão se abrir embaixo dos pés e chorei sozinha por horas a fio quando li o exame. Aos poucos o choro cessou, o medo de agulha foi perdido na primeira aplicação de insulina que fiz nela, as palavras de conforto àquela menina linda de dois anos foram surgindo em minha boca com tamanha convicção que até eu mesma ia me convencendo, a coragem daquela filha em não reclamar dos dextros e das aplicações me dava forças. E quando minha filha perguntava por que eu tenho diabetes mamãe? Eu respondia, com tranquilidade e um amor de mãe “filha você não precisa gostar da diabetes, mas precisa aceitar, você pode fazer tudo que uma criança faz só precisa tomar insulina que seu corpo já não fabrica mais. Insulina é vida para você e a mamãe não pode deixar te faltar isso, você é minha vida”. A Sophia sempre atenta a irmã se acostumou as injeções, sempre querendo me ajudar a fazer os dextros na irmã (e querendo fazer nela mesma também) e encarando tudo isso com naturalidade. Quando ela ouve a palavra hipo, sai correndo para buscar a caixinha de água de coco ou de suco de maçã e dá para a irmã dizendo “toma Sarinha pra ficar boa, toma”. Ela imita a irmã em tudo e as duas correm pela casa dizendo “melhores amigas irmãs”.

Muitos dizem que a alimentação é a parte mais difícil, eu discordo. Difícil é dormir sem se preocupar com as hipos (ainda mais depois de ter passado por uma hipo severa e ver sua filha convulsionando), difícil é calcular a insulina e considerar neste cálculo todas as variações de humor imagináveis que interferem neste cálculo, difícil é ser um pâncreas artificial, difícil é ter que ser rígidas em horários, difícil é ensiná-la a encarar a diabetes como parte da vida dela e ajudá-la a amadurecer antes do que normalmente ela precisaria. Mas um coração de mãe acha forças para vencer todas essas barreiras, incorporar novos conceitos no dia a dia familiar, a bloquear pessoas que tentam te desviar do caminho a toda hora, a bloquear comentários maldosos e bombardear a quem preciso for com a verdade. É ter forças para tentar ajudar outras mães que também não tem apoio nessa missão.

Posso dizer que sou uma mãe privilegiada por ter um marido presente e amigo, um pai amoroso e cuidadoso, filhas que se amam e que nos amam. Posso dizer sim que minhas filhas são felizes e nossa família caminha junta como sempre imaginei que seria. A diabetes é um fator a mais, mas não é o mais importante. Deve ser considerada e respeitada, porém o foco é viver bem, com saúde e feliz. E o mais difícil de todas as missões de uma mãe é nunca esquecer que “Filhos são como navios. Um navio não foi feito para ficar parado no Porto (preso embaixo das asas da mãe) e sim feito para navegar, mas precisa ter seu Porto Seguro.” Sim a missão mais difícil é prepará-los para a vida e ensiná-los a ser seguros e confiantes de que sua felicidade está em si mesmo e nas opções que faz. Sou abençoada por ter minha família e por ter minhas filhas Sarah e Sophia.

Ana Claudia Cendofanti



2 comentários:

  1. Muito lindo Ana...emocionante... realmente somos mães abençoadas.. e tenha a certeza que nossos filhos saberão sempre voltar ao "porto seguro",pois a base que estamos formando é bem sólida... Deus abençoe sua família linda!!!!!

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  2. Ana, texto lindo escrito palvras vindas do coração...bjs...

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