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quinta-feira, 10 de maio de 2012

Carolina Lima: Ser mãe da Jujuba!

Hoje é a vez de nada mais, nada menos do que a nossa querida Carolina Lima, a super mamãe da doce Jujuba!!!

O blog da Carol (Jujuba Diabética) foi um dos primeiros que li depois da descoberta do diabetes de nosso filho. Desde então passei a acompanhá-lo e cresceu a admiração por está pessoa maravilhosa que é a Carolina, um exemplo de mulher e mãe, sempre disposta a nos informar e esclarecer sobre o diabetes de uma forma descontraída e gostosa de aprender!

Com a vocês a super mãe da Jujuba!!!

Como é bom ser mãe de minha Jujuba!!!!

Essa semana num reencontro com uma antiga colega de escola, estávamos discutindo o “estar” ou “não estar” preparado para engravidar e ser mãe...

Parei então para pensar sobre esse assunto ... Acho que na verdade nunca me senti realmente preparada para ser mãe... Eu FUI mãe e pronto!

Eu e Marcos estamos juntos a mais de 18 anos, desses apenas 8 de casados (sim, demoramos 10 anos para casar... rsrsrsrs). Engravidei de Julia num sustinho bom.... Realmente não esperava e não me sentia muito preparada para isso... Mas será que um dia me sentiria???? No inicio foi confuso para a minha cabeça, mas loguinho passei a gostar da ideia e já contava os dias para ver a carinha dela (contava os dias de verdade, pois apesar de estar adorando a ideia de ser mãe, não gostei de nenhum momento do processo de gravidez...) Julia então nasceu... Amadureci ao longo dos meses e peguei pratica suficiente para me sentir uma mãe bem razoável...

Ao fim desse primeiro ano minha vida já estava começando a voltar ao normal. Tinha voltado a trabalhar a todo vapor, Julia já estava matriculada numa creche escola, Já estávamos voltando a sair à noite, e a dormir uma noite toda sem preocupações.... Foi aí que de uma hora pra outra as coisas começaram a mudar... Julia já não dormia direito, estava sempre irritada, chorava por tudo... Resultado: Veio a “Bomba” do diabetes...

Tive que amadurecer na marra!!!! Tive que arrumar forças não sei de onde, para levantar a cabeça e enfrentar a situação desde o primeiro dia....

O tempo passou, a situação acalmou, e eu terminei mudando um pouco os meus conceitos do que seria o “ser mãe”...

Hoje é algo muito mais profundo e complexo... Muito mais maduro e principalmente sem lugar para “frescuras”....
 
Hoje para mim, ser mãe, é tornar minha filha feliz, a qualquer custo apesar das dificuldades;

É acordar todos os dias às 6 da manhã, independente de ser fim de semana, férias ou feriado para fazer o teste de glicemia para saber se pode ou não deixar ela dormir até um pouco mais tarde,

É mesmo estando morta de cansada de um dia inteiro de trabalho esperar ela adormecer completamente para fazer a troca da cânula no maior cuidado e silêncio do mundo para que ela nem acorde nem sinta a “picadinha”,

É saber reconhecer o que cada gesto, cada olhar e cada “suor” representa em relação à suas glicemias;

É acordar todas as madrugadas para dar uma comidinha noturna para que ela não corra o risco de acordar com hipoglicemia;

É ter mãos de polvo (com pelo menos uns 10 tentáculos) ou virar uma super heroína, na hora de corrigir uma hipoglicemia severa, estando sozinha com ela e sem ninguém para ajudar;

É superar uma grande fobia que tenho desde infância, para poder socorrê-la;

É assistir aos avanços, sorrir com as pequenas vitórias e ampará-la nas pequenas derrotas;

É dormir com um olho aberto e outro fechado e com os ouvidos bem juntinho de sua cama;

É acompanhar escondidinha absolutamente tudo que acontece na escola, ensinar professoras e lutar sempre pela igualdade de tratamento dela em relação às outras crianças...

Ser mãe é ter uma aventura permanente, ter dias totalmente diferentes um do outro, mesmo que a rotina continue absolutamente a mesma;

É apesar de ter fórmulas exatas dadas pelos médicos, ter muitas vezes a certeza de que é a sua percepção e sentimento que vai ajustar melhor os controles de sua filha, pois o organismo dela não segue uma fórmula exata;

É virar uma expert em assuntos que antes odiava discutir;

É aprender a comer verdura só para dar bom exemplo;

É decorar uma tabela praticamente inteira das quantidades dos carboidratos dos alimentos;
É ter o sangue frio de dar uma furadinha em sua filha muitas vezes no dia, como se tivesse feito aquilo a vida inteira;

É saber diferenciar uma má criação de um ataque por conta de alguma variação de glicemia;

É fazer lindas amizades virtuais para trocar experiências visando sempre melhorar sua qualidade de vida;

É usar uma boa parte do seu dia para fazer pesquisas em busca de novidades e informações;

É ajudar sem esperar nada em troca;

É estar sempre por dentro de todas as novidades sobre diabetes e pesquisas mesmo odiando a área de saúde;

É informar, escrever, conversar, debater, pesquisar, simplesmente para contribuir com a “causa”;

É ser tão frágil e ao mesmo tempo tão resistente;

É se desdobrar em 20 em busca da felicidade de toda família;

É ter medo, mas ter que esquecer que ele existe para que as coisas caminhem;

Ser mãe é saber lidar com coisas complicadas de um jeito descomplicado para que sua filha possa ter uma vida completamente normal, mesmo que para isso você tenha que fazer algumas privações pessoais, e ainda achar isso a coisa mais legal do mundo (e realmente é)!!!

E assim sou mãe!!!!! Tento fazer a minha parte da melhor forma possível... Que Julia usufrua de minha pequena contribuição em sua vida assim como ela desde tão pequena me ajuda e ensina, com sua precocematuridade, coragem e disciplina, a me tornar uma pessoa e uma mãe muito melhor! 

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