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segunda-feira, 7 de maio de 2012

Mês das Mães - História da Cris Costa

Estamos no mês de maio, na semana do Dia das Mães, quando falamos em Mãe vem tanta coisa na cabeça, vários sentimos misturados. E como eu queria fazer uma homenagem a todas as Mamães resolvi nesta semana, postar relatos de algumas super Mamães, assim como eu e você!

Pra começar estou postando a história de uma amiga de Minas super guerreira a Cris Costa diabética e mãe!!! Algumas pessoas já conhecem ela lá do blog Cristiane diabética e mãe. Uma história de força e coragem!

Meu nome é Cristiane, fui diagnosticada no ano de 1991quando eu tinha apenas 10 anos! Esse ano vou completar 21 anos de diabetes!

Fui crescendo e sempre ouvindo que mulher diabética não pode ter filhos, as explicações eram que o bebê poderia nascer mal formado, pois taxas elevadas de açúcar no sangue nos primeiros três meses da gravidez aumentam o risco de o bebê não se desenvolver da maneira correta. Isso e várias outras coisas como uma médica me falou que é impossível uma mulher diabética ter um filho pois ela mal cuida de sua própria saúde!

E eu não levei tão a sério as palavras que fui ouvindo ao longo dos anos e como ouvi besteiras! Meu sonho era casar e ter filhos, pelo menos dois, mas de alguma forma acreditava que isso nunca iria acontecer comigo! Conheci meu príncipe em 2001, em 2004 nos casamos e aconteceu a primeira gravidez, quando descobri já estava no quarto mês, minha menstruação sempre foi e ainda é muito desregulada, mês desce, mês não desce e não me preocupei. Meu marido que notou eu estar mais redondinha (palavras dele mesmo) e fizemos o teste de gravidez no laboratório, a tarde saiu o resultado, peguei, eu fui pegar o resultado sozinha, quando abri não acreditei no que estava escrito:POSITIVO, em letras garrafais, tremi, chorei, ri, foi uma mistura de sentimentos, liguei para meu marido que me respondeu: "Eu já sabia rs"

Voltei para casa e fiquei admirando o exame, olhei minha barriga, realmente estava bem redondinha rs, a ficha só caiu quando fiz meu primeiro ultrassom e vi meu bebê, lindo, perfeito, já estava com 5 meses, era um menino! Meu marido ficou todo orgulhoso e escolhemos o nome: Gabriel.

A gravidez foi toda tranquila, entre muitas internações e uma forte infecção urinária, a historia é bem grande, perdi meu filho não por causa da diabetes mas por erro médico!
Com isso quase entrei em depressão, mas alguns meses depois aconteceu o mesmo rs, meu marido desconfiou e eu também, notei estar redondinha mas ainda duvidei, a médica do posto me fez o pedido e de novo o susto: POSITIVO!!!

Eu fiquei toda feliz! E com medo também! A gravidez correu toda bem, fizemos o ultrassom também no quinto mês e era uma menininha! Perfeita e saudável! Meu marido escolheu o nome, em homenagem a sua vó materna: Rita, chamamos ela de Ritinha rs, a gravidez foi tranquila também, no sétimo mês internei, glicemias e pressão subindo e descendo, risco para mim e para Ritinha, depois de 15 dias internada, os médicos marcaram minha cesárea, ela nasceu bem, precisou ir para UTI porque nasceu cansadinha, ficou internada 1 mês e meio e depois foi só alegria!

E aconteceu de novo! Olha eu ficando barrigudinha! Mas eu pensei que seria impossível, eu estava amamentando, não estava sentindo nada e o tempo passou, mas comecei a enjoar e a barriga apontando bem, fiz o exame e de novo: POSITIVO! Eu pensei: "De novo???" Fiquei imaginando que talvez eu não conseguiria levar a gravidez até o final, me doia, deixar a Ritinha tão pequenininha para ir nas consultas quinzenais em Belo Horizonte, mas foi tudo bem e aconteceu igual a gravidez da Ritinha, no sétimo mês internei por causa da pressão e glicemia descontroladas, os médicos marcaram a cesárea e ela nasceu bem, mas meia hora depois começou a cansar e precisou ficar na UTI, o bom é que ela ficou apenas 21 dias, eu que escolhi o nome dela: Ana Luiza.

Minha última gravidez foi um pouco diferente, eu estava tão feliz com meus dois bebês que realmente eu não tomei cuidado para não engravidar, achava que seria impossível. Mas erro meu rs. Eu e meu marido notamos a barriga apontando e eu mais gordinha, apenas achei que depois de três gravidez uma atrás da outra e 2 cesáreas eu havia engordado. Mas para tirar a dúvida fui com meu marido no laboratório fazer o teste, e quendo pegamos o resultado, eu areditando que desta vez estaria escrito negativo, mas para minha surpresa outro POSITIVO! Eu chorei, chorei muito, não queria passar por aquilo tudo de novo! Não procurei médicos, mas no sexto mês a gravidez ficou bem complicada, eu passava mal, não aguentava andar, uma anemia profunda, não conseguia comer direito e comecei a ir nos médicos, tudo estava ok, glicemia, pressão arterial, a única coisa que estava ruim era a anemia e o excesso de azia, eu sentia uma queimação terrível e por isso não conseguia comer direito, a obstetra queria segurar minha gravidez ate o nono mês, eu consultava toda semana em Belo Horizonte, mas quando completei 8 meses a bolsa rompeu! Saiu tanta água que eu pensei ter feito xixi rs e estava sentindo uma dor já eram as contraçãoes mas eu não sabia, meu marido me levou para o hospital, depois de horas de espera por uma vaga em Belo Horizonte fui levada as pressas, quase ganhei no meio da estrada, foi minha terceira cesárea, a Danielle (eu escolhi o nome) nasceu bem, não cansou e desceu para o quarto comigo!

Até hoje me pergunto como conseguir ter três filhas? Mas elas são lindas e saudáveis! O controle da diabetes fica meio complicado, cuidar de três meninas sapecas não é muito fácil, elas agora estão crescendo, a mais velha Ritinha está com 6 anos, a Ana Luiza está com 5 anos e Danielle, a caçula está com 4 anos!

De um ano para cá estou conseguindo cuidar melhor da minha saúde, elas estão maiores e estão mais independentes e meu marido me ajuda muito!



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