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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Mais um amiguinho DM1


Nós conhecemos a família do Maurício depois do diagnóstico do João Pedro, nos tornamos amigos! Eles também moram aqui em Piracicaba, leiam o relato da mãe dele, para saber um pouco de sua história...


Oi, meu nome é Rosa e eu sou a mãe do Mauricio. Meu bebê, hoje com 7 anos, é DM1 desde 1 ano e 5 meses.

Nós descobrimos essa doença em nosso filho da pior forma possível, quando sua vida esteve em risco. Tudo aconteceu quando ele começou a sentir uma falta de ar, causada pela acidose muito alta, e uma pediatra inexperiente - que não quis ouvir nossas suspeitas de diabetes - o internou com suspeita de bronco pneumonia, colocando-o no soro glicosado por 12 horas. Isso ocasionou um emagrecimento de 4 quilos em 12 horas e um coma diabético!

Mas não pensem que não apontamos a nossa suspeita de diabetes, mas os médicos acharam que era bobagem e não nos deram atenção até que o pior aconteceu. O Maurício ficou em coma por dois dias!

Na hora, o que escutei do médico foi: seu filho está em coma! Mãe, vamos fazer o que puder para salvar o seu filho.

Meu mundo desmoronou, meu filho entrou na UTI e só pude vê-lo 6 horas depois. Desde então lutamos contra essa doença,o pâncreas do Mauricio não produz nada de insulina, então andar de bicicleta e fazer caminhadas é só para o bem estar dele mas não o ajuda a baixar a glicemia; isso foi provado por exames laboratoriais, que dizem que uma criança diabética, na época, com 5 anos, deveria no mínimo produzir 2% de insulina e o meu filho só produz 0,001%.

Um outro exame foi realizado na cidade de Sorocaba, para saber o porquê das hipoglicemias constantes. Lá ele colocou um aparelho chamado router preso no seu abdome, sob a pele, que ficava monitorando suas atividades 24 horas por dia por 5 dias na semana. Ele então faz uso da insulina lantus 1 vez por dia e da insulina novorapid antes de cada refeição e para correção sempre que necessário, o dextro de 6 a 8 vezes por dia mas tudo isso ele tira de letra! Ele mesmo já faz o exame na escola sozinho e aplica a insulina.

Nesses 5 anos e 9 meses ele já teve 2 convulsões devido às hipoglicemias, então posso dizer que o diabetes do meu filho não é controlável e isso deixa os médicos confusos e a mim, como mãe, mais ainda, pois se nesse momento ele tiver com uma hipoglicemia 25, daqui à 2 horas ele pode estar com 400 e vice versa.

É uma luta constante e as vezes bate um desânimo muito grande. Quando isso acontece, eu conto com uma palavra amiga e encontro forças para continuar lutando pois ele mesmo sempre me diz que um dia Deus vai curá-lo.


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